terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Abuso Sexual Infantil

Entende-se por abuso sexual toda e qualquer prática sexual que contemple falta de consentimento de parte a parte ou que implique o uso da violência, seja ela física ou moral. De entre as várias vertentes dos abusos sexuais, contam-se a violação (acto sexual forçado), o assédio, a exploração sexual, bem como o abuso de menores, tema aliás a ser abordado posteriormente.
No que concerne ao abuso sexual infantil, ressalve-se que este pode ser físico ou psicológico, surgindo, não raras vezes, associado aos pais da criança (biológicos ou adoptivos). Os parentes próximos dessa mesma criança, bem como qualquer adulto, de que se destaca o próprio professor, seguem-se na lista hierarquizante.
Com o sangue frio que lhe é característico, o agressor sente-se plenamente confortável em atacar a criança com palavras psicologicamente perturbadoras, ou mesmo em espancá-la caso o entenda necessário. E servem-se das mais variadas artimanhas para consumar o seu acto, por vezes mesmo servindo-se de técnicas mais “leves”, por assim dizer. Isto é, a mostra dos genitais, o incitamento ao visionamento de vídeos e revistas pornográficas, bem como servir-se da própria criança para elabrorar material pornográficoo ou obsceno.
Quando se faz a listagem dos causadores deste tipo de “doença mental”, chamemos-lhe assim, destacam-se o alcoolismo, ou até o consumo de drogas ilegais, claro está, por parte dos abusadores/agressores.
A criança que é abusada, devido à sua tenra idade e ao facto de não estar preparada psicologicamente para o estímulo sexual, pode, posteriormente, desenvolver problemas como uma dificiente vontade ou habilidade para iniciar a sua vida sexual. Após serem abusadas, as crianças sentem uma sensação de abandono, de solidão e uma grande troça por parte dos respectivos colegas.
A criança que é vítima de abuso sexual prolongado, desenvolve, na maior parte dos casos, uma perda violenta da auto-estima, aquirindo sentimentos de inferioridade aliados a uma representação anormal da sexualidade. Pode ainda perder a confiança de todos os adultos, tornar-se retraída ou até tentar o suicídio, principalmente quando a criança nega satisfazer os desejos da pessoa que a abusa e é ameaçada violentamente.
Estas crianças, paralelamente, de tão confusas que se encontram, desenvolvem mecanismos de auto-defesa que as impedem, por vezes, de revelar o que lhes aconteceu. Tal situação acontece devido à vergonha e medo do repúdio social. Registam-se, por outro lado, mudanças bruscas no comportamento e na alimentação.
Adiante-se ainda que, por vezes, os pais ou os responsáveis pela criança são pobres, porém muito inteligentes e perspicazes o suficiente para, meticulosamente, evitarem que a criança aceda aos serviços médicos adequados, o que, por sua vez, não permite a descoberta deste tipo de situação por parte dos médicos.
Ao depararem-se com tal situação, os pais destas tenras e indefesas crianças têm tendência para pensar que os seus filhos estão apenas a inventar uma história, pois têm uma imaginação muito fértil e uma forte necessidade de atenção. No entanto, depois acabam por descobrir e, por consequência, fazem queixa à polícia, esta última nem sempre bem sucedida.
Por fim, é necessário entendar a real escala do problema e ajudar estas crianças, tanto ao nível psicológico, como fisicamente. A ajuda dos psiquiatras de infância tem um papel fundamental no apoio da criança a recuperar a sua auto-estima e a lidar melhor com os seus eventuais sentimentos de culpa. E, em última instância, é necessário accionar mecanismos de auto-defesa e a enfraquecer o trauma. A criança deve sentir-se segura e não culpada pelo que aconteceu, percebendo compreendão por parte daqueles que a rodeiam.
É, de facto, triste afirmar, mas a nossa sociedade está a ser invadida por este tipo de abuso. É um facto aceite que existem cada vez mais crianças e adolescentes que são abusados sexualmente.

Carina, nº 11

1 comentário:

Professor disse...

Avaliação global:
Bom

Professores: Alice e Paulo